1 de março de 2010

Desde menina sempre gostei muito de "brincar carnaval".
Gostava dos bailes realizados no clube que éramos sócios. Eram bailes familiares, bem diferentes dos atuais. Todas as famílias se reuniam em volta da sua mesa, todos se conheciam e faziam blocos engraçados, com foliões animados.
Outros gostavam de se fantasiar, assim como eu. Nós brincávamos a noite toda, dando voltas no salão.
Foram tantas fantasias: colombina, mulher aranha, roqueira, selvagem, cigana, espanhola, vedete... Todas elas deixaram recordações de carnavais felizes.
Nós brincávamos com os confetes e serpentinas, com os martelinhos de plástico e os apitos. Era tão saudável! Eu brincava e dançava a noite toda, ouvindo as marchinhas inesquecíveis, embalando minha mocidade.












Eu adorava ouvir “Bandeira Branca”, “Máscara Negra” e tantas outras que ficaram gravadas na minha saudade. Se, fechar os olhos por alguns instantes, posso ver o salão todo enfeitado, as pessoas brincando e a música tomando conta do meu coração.
Bons tempos aqueles! Aproveitei cada momento, cada detalhe vivido, para jamais me esquecer do quanto era maravilhoso “brincar carnaval”.
Hoje, não sei como são os carnavais em clubes, porque não frequento mais. Troquei a folia pela tranquilidade da natureza, por opção pessoal. Os ciclos vão transformando nossos desejos, quando buscamos algo melhor.
Fico admirada com as pessoas que têm o carnaval como fonte de vida e renda. Vivem em função do carnaval o ano todo e morrem por causa dele.



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