20 de julho de 2010

Brasil Perde para Holanda e Adia o Sonho do Hexa Campeonato.

Copa do Mundo 2010: Brasil Perde para Holanda e Adia o Sonho do Hexa Campeonato.

Brasil perde pra HolandaÉ infelizmente o sonho da copa acabou!!!
Os jogadores brasileiros choram, a torcida verde e amarela chora e o sonho do hexa campeonato mundial tão esperado por todos mais uma vez foi adiada. Teremos que esperar pela Copa de 2014 aqui em casa e sermos confiante de que, Brasil será campeão e fará bonito. Afinal, brasileiro nunca desiste!
A pergunta que muitos se fazem é: o que aconteceu com o Brasil? Já que no primeiro tempo a seleção estava tão bem em campo, em apenas 10min de jogo colocar a bola na rede e deixar o time brasileiro super confiante. Realmente essa é uma pergunta muito difícil de ser respondida.
Brasil perde a Copa do Mundon 2010
O segundo tempo foi marcado por muita ansiedade, nervosismo dos jogadores brasileiros depois do primeiro gol da Holanda e expulsão do Felipe Melo. E mais ainda depois do segundo gol marcado, deixando a seleção brasileira travada e dando extrema confiança ao adversário. No que resultou a classificação da Holanda para a semifinal da Copa do Mundo e a volta para casa da seleção brasileira.
Depois da final do jogo em uma entrevista coletiva oficial da FIFA, o técnico da seleção Brasileira deixou transparecer um semblante bastante abatido [normal] e um tom bem mais manso nas palavras, Dunga deu a entender que irá deixar de ser o técnico da seleção. Falou que foi contratado para comandar o time brasileiro por quatro anos. “Quanto ao meu futuro, desde que eu cheguei à seleção todo mundo já sabia que seria para ficar por quatro anos”, disse o treinador.
Na coletiva, Dunga não falou em culpado nenhum pela eliminação da Copa do Mundo. E ao ser questionado sobre a responsabilidade de Felipe Melo, sua expulsão e o pisão em Robben, Dunga disse: “Acho que a culpa é de todos nós, e eu levo a maior parte. Seria injusto eu falar do Felipe. Quando ganhou, todos ganharam. Não é a primeira vez que um jogador é expulso em uma Copa do Mundo”.
Depois da Copa do Mundo de 2006, Dunga assumiu o comando da seleção brasileira. Em seu comando foram ao total 60 jogos, que resultaram em 42 vitórias, 12 empates e 6 derrotas. Dentre elas: a conquista da Copa América, a Copa das Confederações e terminou em 1º lugar as eliminatórias da Copa do Mundo.
E agora, quem será o próximo técnico da seleção brasileira para 2014? Esperamos que seja de grande competência e que a seleção vença essa Copa do Mundo que será em casa.
E você, o que achou de tudo isso? Dê sua opinião a respeito. ;)
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02/07/2010 12h50 - Atualizado em 02/07/2010 19h23

Brasil perde para a Holanda e é eliminado de novo nas quartas

Seleção tem atuação segura no primeiro tempo, mas se descontrola no segundo e é derrotada de virada, por 2 a 1, dando adeus à África do Sul

Por Daniel Lessa Direto de Porto Elizabeth, África do Sul
Em toda a sua preparação e durante a Copa do Mundo na África do Sul, a seleção brasileira se esforçou em adotar uma filosofia diferente da utilizada em 2006. Por ironia, o resultado foi o mesmo: derrota para uma seleção europeia e eliminação nas quartas de final. No lugar da França, o algoz foi a Holanda. E Sneijder tomou de Henry o posto de carrasco, participando do lance do primeiro gol e marcando o segundo na vitória por 2 a 1, de virada, nesta sexta-feira.
Foi ele o eleito o melhor em campo no estádio Nelson Mandela Bay, em votação popular no site da Fifa. Pelo primeiro tempo, ficou a impressão de que dificilmente o escolhido deixaria de ser um brasileiro. A seleção dominou a Holanda, marcou seu gol (com Robinho) logo no início, criou lances bonitos e foi pouco ameaçada. A partida após o intervalo, no entanto, foi outra. O Brasil falhou na defesa, seu setor mais elogiado, esteve acuado, quase não chegou ao ataque e demonstrou instabilidade emocional. E viu mais um jogador seu ser expulso na competição, depois que Felipe Melo deu um pisão em Robben.
A eliminação em Porto Elizabeth representa um duro golpe na era Dunga como técnico. A seleção vinha acumulando bons resultado - como os títulos da Copa América e da Copa das Confederações, a primeira colocação nas eliminatórias e vitórias expressivas sobre adversários de peso - mas fracassou em sua principal missão, a conquista do hexacampeonato. Os brasileiros, que receberão a Copa de 2014, voltam para casa com uma campanha de três vitórias, um empate e uma derrota.
A Holanda, que acumulou sua quinto triunfo consecutivo na Copa e agora soma 24 partidas de invencibilidade, enfrentará o Uruguai na semifinal, em partida na próxima terça-feira, às 15h30m (de Brasília), na Cidade do Cabo. E se vinga das eliminações nas edições de 1994 e 1998, as duas últimas vezes em que havia cruzado com o Brasil em Mundiais.
Brasil faz gol, marca duro e joga bonito
Conhecidas pelo estilo bonito de jogar, as seleções de Brasil e Holanda deixaram o futebol de lado nos primeiros minutos. Luis Fabiano e Van Bommel se estranharam e foram repreendidos pelo árbitro. O holandês pareceu não se intimidar, já que em seguida discutiu com Robinho. Passado esse início nervoso, no entanto, os brasileiros perceberam que teriam espaço para jogar.
Robinho comemoração Brasil jogo HolandaRobinho comemora o gol após receber passe primoroso de Felipe Melo, aos dez minutos (Foto: Reuters)
A primeira pista veio com passe de Maicon, que encontrou Daniel Alves livre, mas impedido, ainda que por pouco. Já Robinho se posicionou melhor e correu sozinho no meio da zaga laranja. Recebeu passe primoroso de Felipe Melo e chutou com estilo, sem dominar a bola, superando o goleiro. Com 1 a 0 no placar logo aos dez minutos, o Brasil pôde se planejar para atuar do jeito que mais gosta: marcando duro no campo defensivo e procurando os contra-ataques.
No entanto, o estilo da Holanda, de não ir ao ataque desesperadamente, fez com que os contragolpes não viessem. Ainda assim, o Brasil produziu belas jogadas. Numa delas, Daniel Alves deu dois cortes pela ponta e cruzou para Juan chutar por cima do gol. Na mais bonita, Robinho deixou para trás dois marcadores, Luis Fabiano deu passe de letra, e Kaká chutou bem ao seu estilo, com efeito, obrigando Stekelenburg a fazer excelente defesa.
Com uma muralha à sua frente, Julio Cesar pouco trabalhou no primeiro tempo: fez duas defesas seguras em chutes de Kuyt e Sneijder. E só. O craque Robben insistiu na sua jogada preferida, de carregar a bola pela direita e cortar para a esquerda, mas foi sempre bloqueado antes do chute. A Holanda tentou invadir o terreno brasileiro recorrendo até à malandragem. Em cobrança de escanteio, Robben deu um leve toque na bola e correu para a área. Mas Daniel Alves, atento, chegou antes de qualquer adversário.
Após 19 faltas, o primeiro tempo terminou com mais uma boa jogada da seleção, em que Kaká - até então mais participativo do que em outros jogos - inverteu um lance da esquerda para a direita. Maicon chutou para defesa do goleiro.
Brasil leva gols, falha na marcação e se descontrola
Tão segura nos 45 minutos iniciais, a equipe começou vacilante na segunda etapa. Um lance displicente no primeiro minuto fez com que Felipe Melo levasse uma bronca de Lúcio. Sete minutos depois, o Brasil sofreu o empate num lance que, até esta sexta-feira, era incomum na Copa: falha da zaga, e ainda por cima numa bola aérea. Julio Cesar e Felipe Melo se chocaram, e a bola cruzada por Sneijder desviou de leve no volante antes de entrar. Foi o primeiro gol contra do Brasil na história dos Mundiais.
A igualdade no placar desestabilizou o Brasil, que ficou acuado em seu campo e viu suas tentativas de ataque esbarrar em erros de passe. Só conseguiu concluir uma jogada aos 20 minutos, quando Kaká bateu colocado, mas sem muito perigo. A Holanda, que mostrou suas fragilidades no primeiro tempo, passou a explorar as do Brasil, recorrendo ao lado direito do ataque e fazendo Michel Bastos sofrer para marcar Robben. Preocupado com o seu lateral, que já havia recebido cartão amarelo, Dunga trocou-o por Gilberto aos 16 minutos.
Julio Cesar derrota Brasil jogo HolandaCabisbaixo, Julio Cesar deixa o campo após a derrota do Brasil no Nelson Mandela Bay (Foto: Reuters)
Seis minutos depois, a Holanda conseguiu a virada. E em outra falha da defesa. Uma cobrança de escanteio encontrou Kuyt, que, posicionado na primeira trave, desviou a bola para trás.  Sneijder, com seu 1,70m, cabeceou para a rede. Mais seis minutos, e a situação piorou. Felipe Melo fez falta e em seguida deu um pisão em Robben, recebendo cartão vermelho direto.
Dunga ainda substituiu Luis Fabiano por Nilmar, mas a troca de um atacante por outro pouco ajudou a seleção, que só conseguiu levar algum perigo aos holandeses em duas cobranças seguidas de escanteio. Aos 44 minutos, veio a tentativa derradeira. Daniel Alves teve uma cobrança de falta, mas a bola explodiu na barreira. Era o fim do sonho do hexacampeonato.

 



Felipe Melo: “De forma alguma sou vilão”


O lance da expulsão do jogador, na partida em que a Holanda eliminou o Brasil (Foto: AFP)
Felipe Melo recusou o título de “vilão” da eliminação do Brasil nas quartas-de-final da Copa do Mundo 2010. Em entrevista à TV Globo, o volante disse que sua expulsão na partida contra a Holanda não pode apagar o que fez de bom pela Seleção Brasileira.
“De forma alguma sou o vilão. Parece que tudo o que o Felipe Melo faz é errado. As coisas boas as pessoas esquecem. Tudo o que eu fiz não pode ser apagado por um cartão vermelho”, declarou, salientando que quer disputar o Mundial de 2014, no Brasil. “Meu sonho ainda não acabou.”
Ele admitiu ter perdido a cabeça no lance da expulsão, mas afirmou que isso aconteceu porque tinha muita vontade de ajudar o time a vencer.  ”Naquele momento, perdendo o jogo por 2 a 1 e com as jogadas não dando certo, acabei fazendo uma falta mais forte. Mas de forma alguma eu entrei para ‘quebrar’. Se eu quisesse entrar para ‘quebrar’ o Robben, ele não voltaria mais para o campo.”
Ao falar de seu comportamento em campo, o jogador fez questão de destacar que não é “mau caráter”. ”Eu sou um jogador de caráter muito forte, dentro de campo tenho uma garra muito grande. Mas as pessoas veem isso de outra forma.”
quinta-feira, 8 de julho de 2010

2014: preparativos ‘relativamente em dia’


Em Johannesburgo: Teixeira, Romário e Parreira em entrevista coletiva nesta quinta (Foto: AFP)
Os prazos estão apertados, mas o Brasil não está tão atrasado quanto se pensa para realizar as obras necessárias para a Copa do Mundo de 2014. De acordo com o presidente da CBF e do comitê organizador do Mundial no Brasil, Ricardo Teixeira, o país está fazendo o necessário e cumprirá todas as exigências da Fifa. “As coisas estão relativamente em dia”, afirmou ele nesta quinta-feira, em Johannesburgo. “Alguns estádios já começaram os trabalhos. Na quarta, em Brasília, já foi definida a concorrência e o valor a ser gasto nas obras. Minas Gerais já está bem. Temos o problema de São Paulo, que todos já conhecem. Temos uma certa dúvida em relação a Curitiba, pelo problema de garantia financeira. E todos os ensinamentos que pudermos tirar do que aconteceu aqui na África do Sul são importantes”, afirmou.
Teixeira disse que o primeiro evento oficial ligado à Copa no Brasil acontecerá no dia 31 de julho, com o sorteio das chaves das Eliminatórias. Apesar do pouco tempo para o sorteio, o local ainda não está definido. “Vamos começar agora a olhar qual é a melhor cidade para receber o evento.” Na quarta, o dirigente jantou com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, mas disse que não definiu nada em relação à pendência do estádio na maior cidade do país. “Vamos tratar desse assunto específico de São Paulo só na volta. O prazo, é lógico, está se afunilando.” O local de concentração da seleção brasileira, porém, desde já está definido: será o Rio de Janeiro, onde a CBF prepara a construção de sua nova base de operações. “Será a sede da CBF, a concentração da seleção e também o museu do futebol brasileiro. O projeto já está em andamento.”
Maior país a realizar uma Copa do Mundo desde os Estados Unidos, em 1994, o Brasil deverá mesmo dividir seu território em quatro regiões para distribuir os grupos entre elas, evitando que seleções e torcedores tenham que cruzar o país a cada partida. Nas últimas Copas, as seleções podiam jogar em diversas sedes diferentes desde a fase de grupos. Em 2014, porém, cada equipe poderá ficar restrita a uma só região, para que não perca tanto tempo fazendo longas viagens. “Isso seria feito para evitar que ocorram grandes deslocamentos, principalmente de torcedores, por causa das grandes distâncias. Mas ainda não temos uma definição”, disse Teixeira. A Fifa, porém, já fala há vários meses na ideia da divisão regional – até para evitar que os ingressos encalhem, já que o custo das viagens para os torcedores seria grande demais se cada seleção ficasse mudando de região a cada partida.
(Por Giancarlo Lepiani, de Johannesburgo)
terça-feira, 6 de julho de 2010

CBF costuma inovar depois dos fracassos

Se depender só do histórico da seleção brasileira sob o comando de Ricardo Teixeira, o presidente da CBF tende a fazer uma escolha pouco convencional na substituição de Dunga, dispensado depois da eliminação na Copa da África do Sul. No poder desde 1989, Teixeira tem alternado escolhas conservadoras e surpreendentes, dependendo do resultado do trabalho anterior. Nada mais natural, é claro – afinal, quando algo dá muito errado, é preciso mudar radicalmente, e quando tudo corre bem, melhor seguir no mesmo rumo. Na noite de segunda-feira, Ricardo Teixeira deixou claro que exige uma renovação profunda na seleção. Ou seja: o próximo treinador terá de ser capaz de convocar novos jogadores e construir uma equipe praticamente do zero. A seguir, uma cronologia das sucessões no cargo durante a gestão de Ricardo Teixeira na CBF:
1989: Sebastião Lazaroni, pouco conhecido, é o primeiro técnico contratado por ele
1991: Depois do fracasso na Copa de 1990, contrata o novato Falcão, que jamais tinha sido técnico
1991: Falcão tenta renovar o time, mas demora a obter resultados. É substituído por Carlos Alberto Parreira
1994: Parreira leva o time ao tetra e seu coordenador-técnico, Zagallo, dá continuidade ao trabalho
1998: Zagallo perde a final da Copa da França e é substituído por Vanderlei Luxemburgo, nome mais pedido por todos
2000: Luxemburgo decepciona e é trocado por Leão, uma surpresa
2001: Leão não resiste aos maus resultados e cai; em seu lugar entra Luiz Felipe Scolari, favorito da torcida
2002: Felipão conquista o penta; depois do sucesso, outra escolha segura, a volta de Parreira
2006: Parreira fracassa no Mundial da Alemanha; diante dos pedidos de renovação, Teixeira surpreende e contrata Dunga
(Por Giancarlo Lepiani, da Cidade do Cabo)

Brasil: é hora de um técnico estrangeiro?

Com Dunga oficialmente demitido, a CBF tem apenas algumas semanas para anunciar o nome do sucessor, informação prometida para o fim deste mês. Como o Brasil tem jogo marcado com os Estados Unidos, em agosto, precisa ter um técnico pelo menos 15 dias antes, para fazer a convocação, como manda a Fifa. Os nomes mais comentados são os de Leonardo, Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes. O primeiro, porém, tem um dos mesmos problemas de Dunga: a inexperiência. O segundo já tem emprego para os próximos meses, como treinador do Palmeiras. O terceiro tem histórico relativamente curto e pouca experiência em futebol internacional – foi vice da Libertadores com o Grêmio e um fiasco com o Corinthians no mesmo torneio. Diante das opções escassas, é a hora de a CBF aprontar uma novidade e levar ao país um técnico estrangeiro?
Fato cada vez mais comum até em seleções tradicionais, a contratação de profissionais de outro país não causa tanta gritaria quanto no passado. No Brasil, porém, certamente traria muita controvérsia – principalmente pelo fato de a seleção estar às portas de se preparar para uma Copa do Mundo disputada em casa, em 2014. Até pela fortíssima pressão desse trabalhgo, porém, pode ser o caso de pensar numa aposta dessas. E o idioma não é necessariamente uma barreira. José Mourinho, por exemplo, é considerado o melhor técnico do planeta – e é português. O sueco Sven-Goran Eriksson, que treinou a Costa do Marfim e a Inglaterra em Copas, fala português. Falta, porém, uma coisa que anda fazendo falta mesmo aos técnicos brasileiros da seleção: conhecimento e acompanhamento do futebol praticado no próprio país. Para jogar a Copa de 2014 com apoio firme da torcida, será fundamental aproveitar na equipe os bons valores que estão no futebol nacional, representando os grandes clubes do Brasil.
Você apoiaria a escolha de um técnico estrangeiro para comandar a seleção?

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(Por Giancarlo Lepiani, da Cidade do Cabo)
segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ricardo Teixeira decide renovar a seleção

O próximo técnico da seleção brasileira ainda não está definido, mas sua missão já foi traçada: renovar toda a equipe para a disputa do Mundial de 2014, no Brasil. De acordo com Ricardo Teixeira, a torcida terá de se acostumar até mesmo com possíveis sequências de derrotas enquanto o time estiver sendo formado, sempre com jogadores jovens (ou que pelo menos tenham idade para chegar a 2014 em boas condições físicas). O presidente da CBF detalhou as exigências do trabalho daqui para frente numa entrevista concedida ao canal pago SporTV. “Quero que o time que vai começar jogando seja o de 2014. Precisamos ter jogadores de 19 e 20 anos”, avisou o dirigente. “Ou formamos uma seleção nova ou formamos uma seleção nova, não tem opção.”
Sobre a escolha do novo treinador, Teixeira afirmou que não fez proposta a ninguém até o momento. “No momento de escolher eu ouço muito. Ouço o sujeito do chope, leio os jornais. É assim quando tomamos decisões na nossa vida pessoal. Às vezes o treinador com mais nome é quem mais tem medo do insucesso. Depende da personalidade de cada um”, explicou. Ao comentar a derrota contra a Holanda, o dirigente lamentou o nervosismo do time, que disse ter ficado “fora do esquadro só por ter tomado um gol”. Por isso, o presidente da CBF estuda incluir um psicólogo na comissão técnica. Até porque a necessidade de renovar o time pode atrasar a obtenção de bons resultados. Teixeira, porém, promete resistir a qualquer pressão para conseguir rejuvenescer a equipe. “Eu, a estrutura da CBF, imprensa e torcedor precisam estar preparados para a falta de resultados.”
Você concorda com a necessidade de renovar a seleção brasileira?

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(Por Giancarlo Lepiani, da Cidade do Cabo)

Quem seria melhor para treinar o Brasil?


Ricardo Teixeira já deve ter bem claro na cabeça o perfil do técnico que tentará contratar para substituir Dunga. Não se sabe se o presidente da CBF conseguirá fechar um acordo com o preferido ou se terá de se contentar com uma segunda opção. Pelo menos seis nomes estão sendo comentados para o cargo. A seguir, vantagens e desvantagens de cada um deles caso fossem escolhidos para a função:
Luiz Felipe Scolari, 61 anos, Palmeiras
A favor: É o nome de consenso, que assumiria o cargo com apoio popular e cacife suficiente para promover a reformulação que a seleção tanto precisa antes de disputar o Mundial de 2014. Como se isso não fosse o bastante, conhece o caminho das pedras: é o técnico do penta, em 2002, última Copa conquistada pelo Brasil.
Contra: Já está comprometido com o Palmeiras, e não gosta de quebrar seus compromissos. Assim como Dunga, também teve atritos com a imprensa, ainda que tivesse muito mais jogo de cintura para lidar com os jornalistas.
Leonardo, 40 anos, desempregado
A favor: Assim como Dunga, tem um currículo respeitável como jogador e imagem positiva na seleção. Ao contrário de Dunga, não acha que o mundo está contra ele – na hora de lidar com as pressões internas, na CBF, e externas, diante da imprensa e da torcida, tiraria de letra todas as situações espinhosas.
Contra: Ao contrário de Dunga, não estrearia como técnico pegando a seleção logo de cara. Assim como Dunga, não pode ser considerado um técnico experiente, pois tem só uma temporada na função, como treinador do Milan.
Mano Menezes, 48 anos, Corinthians
A favor:
Técnico da nova geração, fez boas campanhas no comando do Grêmio e do Corinthians. É treinador de um clube que conta com ampla influência na CBF – o presidente corintiano Andrés Sanchez foi o chefe da delegação do Brasil na Copa.
Contra: Tirando Grêmio e Corinthians, tem pouco a apresentar no currículo. Sua experiência internacional é limitada. Além disso, será que é mesmo a hora de outro gaúcho mau humorado que gosta de dar patadas nos jornalistas?
Vanderlei Luxemburgo, 58 anos, Atlético-MG
A favor: Já foi um dos melhores técnicos do Brasil.
Contra: Já foi um dos melhores técnicos do Brasil – faz tempo que não consegue emplacar uma campanha vitoriosa, mesmo tendo a chance de treinar boas equipes. Tem experiência na seleção, mas sua saída foi conturbada, e seu trabalho, decepcionante.
Muricy Ramalho, 54 anos, Fluminense
A favor: Tricampeão brasileiro comandando o São Paulo, é profundo conhecedor do futebol nacional – o que pesa a favor no caso de uma seleção que poderia muito bem ter mais jogadores em atividade no país.
Contra: Além de ranzinza e de difícil trato, tem uma característica de trabalho que pode não encaixar com a vaga na seleção. Muricy costuma precisar de tempo e muito treino para formar suas equipes. Além disso, a Copa não é disputada em pontos corridos, sua especialidade, mas sim no mata-mata, seu grande fantasma (no São Paulo, caiu por causa dos fracassos nas etapas eliminatórias).
Ricardo Gomes, 45 anos, São Paulo
A favor: Treinador jovem mas já experiente, sabe trabalhar com atletas de pouca idade, conhece tanto o futebol europeu como o brasileiro, tem bom trânsito na CBF e história na seleção. Além disso, é calmo e sabe lidar bem com as pressões da imprensa e da torcida.
Contra: Já teve uma chance de ouro ao ser encarregado de treinar a seleção olímpica. Não conseguiu sequer classificar a equipe para os Jogos de Atenas-2004.
Quem você escolheria para substituir Dunga?

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(Por Giancarlo Lepiani, da Cidade do Cabo)
domingo, 4 de julho de 2010

Faustão: Dunga ‘não tinha competência’

A vingança é um prato que se come frio, mas não muito. Horas depois da destituição de toda a comissão técnica da Copa da África pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), veio pela voz do apresentador Fausto Silva o que estava engasgado na garganta de toda a TV Globo desde os xingamentos de Dunga ao repórter Alex Escobar. Ao comentar a demissão de Dunga, Faustão foi rápido e incisivo: “Vamos deixar o Dunga em paz. Ele não tinha competência nem equilíbrio”.
As espetadas no treinador continuaram. Durante a Dança dos Famosos, quadro em que celebridades competem com coreografias ensaiadas, Faustão voltou à carga. “Tem muita gente que acha que entende. Tem gente que acha que entende e até vai dirigir a Seleção”, disse.
Faustão, ele próprio, não anda lá tão bem com a opinião pública. Na noite de domingo, enquanto seu Domingão era exibido, a poderosa artilharia dos brasileiros no Twitter tentavam fazer, com o apresentador, uma nova versão do “Cala Boca” que vitimou, durante a Copa, o locutor Galvão Bueno e o apresentador Tadeu Schmidt _ que leu, durante o Fantástico, um editorial da emissora com críticas à postura de Dunga.
Faustão chegou à quinta posição nos tópicos mais comentados do microblog no Brasil, catapultado pelos mesmos mecanismos de seus colegas de emissora _ entre eles, claro, comentários em inglês tentando atrair estrangeiros para uma campanha supostamente destinada a salvar uma espécie de baleia.

CBF dispensa Dunga e encerra o seu ciclo de números bons e objetivos incompletos


A CBF levou dois dias para tomar uma decisão inevitável. Esperou o bastante. Na tarde deste domingo, com todos os integrantes da comissão técnica de volta ao país, a entidade que controla o futebol brasileiro comunicou, através de seu site oficial, a dispensa de todos eles. Parece ter aprendido a lição da repercussão negativa da desrespeitosa demissão de Leão, o técnico que perdeu o emprego num saguão de aeroporto, antes mesmo de desembarcar no Brasil depois de amargar uma má campanha na Copa das Confederações. Desta vez, só colocou o treinador dispensado em situação embaraçosa de forma involuntária, por culpa dele – na chegada ao Rio Grande do Sul, amolecido pelos aplausos que recebeu ao voltar para casa, Dunga deixava aberta uma brecha para sua permanência. Como todos já sabiam, não vai acontecer.
De acordo com a CBF, o ciclo iniciado depois da derrota para a França na Copa de 2006 foi cumprido por Dunga e sua equipe de profissionais. Agora, porém, o trabalho da comissão foi considerado concluído. A nova comissão técnica deverá ser anunciada ainda neste mês, com a perspectiva extraordinária – e assustadora, por causa da fortíssima pressão – de comandar a seleção na Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Como aconteceu em quase todas as outras transições entre comissões técnicas da seleção sob o comando de Ricardo Teixeira, pelo menos parte da equipe deverá ser mantida. Em casos como o do médico José Luiz Runco e do fisioterapeuta Luís Rosan, a permanência é possível. Para Dunga e seu auxiliar Jorginho, é claro, isso não era viável.
Mesmo que quisesse – e sempre disse que não queria -, o técnico não teria condições de permanecer no cargo. A cobrança seria acima do suportável. E o Brasil claramente precisa se renovar para disputar o Mundial em casa. Dunga concluiu sua gestão à frente da seleção mais forte e tradicional do planeta deixando números positivos e uma impressão negativa. Sim, ganhou a maioria das partidas disputadas. Bateu seleções tradicionais: Argentina (três vezes), Itália (duas vezes), Portugal (de goleada, 6 a 2). Terminou as Eliminatórias para a Copa em primeiro lugar. E foi campeão de dois torneios disputados antes do Mundial da África do Sul.
Na Copa América, começou mal e terminou atropelando os argentinos. Na Copa das Confederações, o futebol não convenceu – foram vitórias sofridas contra África do Sul e EUA na semifinal e final -, mas veio mais um título. Não importa. Por mais que Dunga tenha sido contratado para comandar a seleção brasileira por quatro anos, sua missão podia mesmo ser resumida em quatro semanas, na disputa da Copa do Mundo. Já tinha escapado por pouco da degola depois do único grande fracasso anterior à derrota de sexta-feira contra a Holanda – o fiasco na Olimpíada de Pequim-2008. Uma queda em quartas-de-final numa Copa em que não enfrentou nenhum bicho-papão selou o destino de Dunga, ainda que ele tivesse pensado em tentar de novo quando desembarcou no Brasil sem ser coberto de impropérios.
(Por Giancarlo Lepiani, da Cidade do Cabo)

Felipe Melo é recebido com xingamentos


Se em São Paulo o clima era de apoio à Seleção Brasileira, no desembarque dos jogadores no Rio, por volta das 2h, o clima era de revolta. Como esperado, Felipe Melo foi o alvo preferencial dos cerca de 50 torcedores que se concentraram na área no saguão do Aeroporto Internacional do Galeão. Em meio a xingamentos e gritos de “burro” e “vacilão”, o volante foi escoltado por um grupo de policiais militares para conseguir chegar ao carro de sua família e saiu sem dar declarações.
O carro da família aguardava Felipe Melo desde a uma da manhã. Quando finalmente os jogadores começaram a sair, por volta das 2h, o irmão permaneceu a postos, no veículo, e o pai permaneceu do lado de fora. Para conseguir sair, o motorista precisou acelerar e buzinar, a fim de dispersar torcedores e jornalistas em volta do veículo.
Coube ao reserva Gilberto a missão de puxar a fila que enfrentaria, pouco depois de 36 36 horas da derrota para a Holanda, a insatisfeita torcida. O lateral atribuiu a eliminação a duas fatalidades. “Tomamos dois gols de bola parada. A Holanda não fez tanto para vencer o jogo como venceu”, minimizou, sem reconhecer falhas da seleção.
Quem também não viu defeitos no time foi o auxiliar técnico Jorginho. “Não estamos arrependidos de nada. Nós fizemos aquilo que deveríamos ter feito. Mas o futebol não é uma matemática exata”, defendeu-se o braço direito de Dunga, pedindo “bom senso” na hora das críticas. Nem Jorginho nem o supervisor Américo Faria confirmaram a saída de Dunga do comando da Seleção.
Praticamente junto com Felipe Melo _ mas sem serem hostilizados _ surgiram os zagueiros Juan e Thiago Silva. O ex-jogador do Fluminense reconheceu o descontrole emocional no segundo tempo da última partida. “Acho que o emocional pesou principalmente depois que tomamos o gol de empate”, avaliou. O zagueiro revelou ainda que o impacto da derrota para o goleiro da Seleção. “O Júlio César foi o que ficou mais abalado”, disse.
A impressão de Thiago Silva se confirmou quando o camisa 1 apareceu no saguão do aeroporto. Abatido, Júlio César não conteve as lágrimas e, diferentemente do restante do grupo, ouviu palavras de incentivo da torcida. “Acho que em três anos e meio, esse grupo conseguiu resgatar uma coisa sensacional, que foi o torcedor brasileiro curtir a Seleção. Sei que hoje o sentimento da torcida brasileira é de tristeza, assim como o nosso. Acreditávamos muito no hexa”, declarou o goleiro.
O volante Kléberson agradeceu ao técnico Dunga pelo apoio após a derrota. “No vestiário, nós nos abraçamos. Todo mundo emocionado, triste. O Dunga foi um cara muito forte. A gente deve muito a ele pelo carinho que teve com a gente. E a gente fica chateado por não ter dado a ele o título”, disse o jogador do Flamengo.
Quem também ficou no Rio foi o médico da Seleção José Luiz Runco. Com quatro mundiais no currículo, ele destacou o quanto a derrota abalou a grupo. “Com certeza, o povo não vai estar mais frustrado do que a gente, que estava lutando nesses 47 dias para conseguir o resultado”. Runco reconheceu que o camisa 10 do Brasil não estava em boas condições físicas. “O Kaká, se fosse em outra situação, talvez nem jogasse a Copa do Mundo. O trabalho foi muito sério e ele rendeu o que foi possível. Eu diria que ele jogou a 85%”, afirmou.
Por Rafael Lemos

A seleção dribla a torcida ao chegar a SP

Jogadores e integrantes da comissão técnica da seleção brasileira fizeram na madrugada deste domingo o que não conseguiram na derrota contra a Holanda, na sexta, em Port Elizabeth – driblaram quem estava pela frente e escaparam da marcação. Mas no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, não estavam adversários. Cerca de 300 torcedores esperavam no saguão – e, apesar da derrota na Copa, o clima era de tranquilidade. Ainda assim, os integrantes da seleção não passaram pelo salão de desembarque.
Ao contrario do que aconteceu horas antes no Rio de Janeiro, no desembarque de uma parte do grupo, os torcedores estavam esperando para apoiar o time. O local por onde a seleção sairia já estava cheio desde as 4 horas – o voo estava previsto para chegar às 4h40. Além das bandeiras do Brasil, era possível ver torcedores uniformizados e com faixas que diziam: “Orgulho de ser brasileiro” e “Bem-vindos”. Até as famosas vuvuzelas fizeram barulho na recepção.
A informação de que o time havia saído de ônibus pela pista foi só confirmada depois de mais de uma hora de espera, quando uim policial militar contou que a seleção já não estava mais no aeroporto. A torcedora Cristina Souto era uma das que estavam esperando a seleção. Ao saber que o time não iria sair pelo portão de desembarque, a paulistana desabafou: “É uma palhaçada. A gente está aqui desde às 3h30 para recebê-los e dar apoio.” Em nenhum momento a torcida vaiou os jogadores – nem mesmo quando foi avisado que eles não sairiam pela porta da frente.
Outro que ficou muito desapontado com o comportamento do time brasileiro foi Arthur Souza. O garoto foi com pai ao aeroporto com a esperança de que algum jogador assinasse seu álbum de figurinhas. Alessandro Souza, pai de Arthur, falou que o filho esperava um autógrafo de Kaká. “Ele ficou muito chateado com o time”, comentou o pai. O único integrante do grupo que foi visto e falou com a imprensa foi o chefe da deleção brasileira, Andrés Sanchez. O cartola saiu pelo saguão. Dos jogadores, nem sinal. Pelo visto, o time de Dunga não tem tanto comprometimento com aqueles que tanto torceram pela equipe durante 21 dias no Mundial.
(Por Davi Correia)
sábado, 3 de julho de 2010

Brasil começa o caminho de volta a casa


No dia seguinte à eliminação da Copa do Mundo pela Holanda, por 2 a 1, a Seleção Brasileira deixou Port Elizabeth neste sábado, iniciando seu retorno para casa. Quase 300 torcedores, entre brasileiros e sul-africanos, se despediram dos jogadores diante do hotel Protea Marine e se dividiram entre aplausos e ofensas a Dunga.
Os jogadores – a maioria usando boné – entraram no ônibus cabisbaixos. Nenhum deles se pronunciou. Apenas o assessor de imprensa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rodrigo Paiva, falou aos jornalistas e disse que o clima de tristeza era muito grande entre todos na delegação e que, em 10 anos de seleção, nunca viu os jogadores tão abatidos com uma derrota.
A seleção embarcou para um voo de duas horas até Johannesburgo, e às 21h locais (16h de Brasília), seguem com destino ao Rio de Janeiro, onde devem chegar às 2h de domingo. Em seguida, alguns jogadores embarcam para São Paulo.

Alguns se despedem, outros são incógnita


As lágrimas dos jogadores mal secaram. Muitos estão acordando neste sábado em Port Elizabeth com a cabeça ainda dolorida – isso se conseguiram dormir. Impossível, portanto, saber qual será o futuro dos 23 integrantes do grupo eliminado na sexta na seleção brasileira. Alguns dos atletas mais veteranos descartaram deixar a seleção por conta própria, como ocorreu no fim da campanha fracassada do Brasil em 2006. De qualquer forma, sua permanência na seleção é uma decisão que não está ao alcance deles. O que é possível neste momento é apenas imaginar quem tem ou não condições de reivindicar um lugar na equipe que deve começar a preparação para a Copa de 2014. Vale lembrar que o técnico da seleção nesse novo ciclo corre o risco de ter menos chances de testar seus jogadores – afinal, o Brasil não disputa as eliminatórias sul-americanas, já que o país sede está garantido no Mundial. A seguir, a situação de alguns jogadores que podem aparecer nas próximas convocações – ou que deram adeus à camisa pentacampeã na derrota para a Holanda:

Os prováveis ausentes. Por causa da idade ou do desempenho nesta Copa, dificilmente continuarão na seleção: Felipe Melo, Gilberto Silva, Josué, Gilberto, Kléberson.

Os homens da transição. Aprovados na seleção e importantes para a equipe nos últimos anos, podem voltar a aparecer em futuras convocações – se não para continuar até 2014, pelo menos para ajudar na montagem de um novo grupo: Lúcio, Juan, Júlio César, Kaká, Robinho, Luís Fabiano.

Os que ainda têm gás. Para eles, a eliminação da Copa pode ser só um capítulo de uma história que ainda está sendo escrita com a camisa amarela: Maicon, Nilmar, Ramires, Daniel Alves, Thiago Silva.

Os que estão na fila: Eles não vieram à África do Sul, mas foram lembrados pelos torcedores e comentaristas quando as coisas não iam bem para a equipe de Dunga: Ganso, Neymar, Pato, Hernanes, Elias, Alex Silva.
(Por Giancarlo Lepiani, de Johannesburgo)

Procura-se técnico. A missão é espinhosa


Felipão na decisão da Copa de 2002: nome de consenso, mas já comprometido (Foto: Getty)
Dunga já tinha avisado antes mesmo de perder a Copa do Mundo que não ficaria no cargo de treinador da seleção, qualquer que fosse o resultado da campanha brasileira. E a partir deste sábado, é essa a grande expectativa do torcedor: saber quem será o sucessor. A CBF certamente não tomará qualquer decisão antes que a Copa termine – e dificilmente terá fechado contrato com um novo técnico a curto prazo. Isso porque a escolha do nome deverá ser delicadíssima. Além da responsabilidade de recuperar a imagem da seleção depois de duas decepções em Copas (tanto em 2006 como em 2010, o time chegou como favorito e perdeu), o homem que assumir o complicado cargo terá de lidar com a pressão sufocante de ter que ganhar o Mundial de 2014, disputado em casa. De fato, não é trabalho para qualquer um.
O único nome que surge como opção segura, sem incógnitas nem desconfianças, é o do pentacampeão Luiz Felipe Scolari, admirado na CBF e aprovado pela torcida. Mas sua possível contratação esbarra no fato de que Felipão acaba de assumir o comando do Palmeiras. Não é inédito a seleção ter um comandante dividido entre o trabalho na CBF e num clube. Mas acredita-se que o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, não seja muito fã da ideia – quer um técnico com dedicação exclusiva à seleção, com a atenção que a posição merece. Fala-se também em Leonardo, que deixou o comando do Milan há algumas semanas e conta com prestígio na CBF. Mas ele, como Dunga, carece da experiência necessária para assumir uma tarefa tão árdua. Teixeira, que deve participar do lançamento da logomarca da Copa-2014 dias antes da final, em Johannesburgo, tem muito trabalho pela frente.
Quem você escolheria para o lugar de Dunga?

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(Por Giancarlo Lepiani, de Johannesburgo)
sexta-feira, 2 de julho de 2010

Delegação chega domingo de madrugada

A Seleção Brasileira chega ao Brasil na madrugada deste domingo. Segundo o site da CBF, a delegação deixa a cidade de Port Elizabeth com destino a Johannesburgo neste sábado, em voo fretado, com saída marcada para as 17 horas (12 horas de Brasília).
Do Aeroporto de Johannesburgo, em voo fretado da TAM, a delegação embarca às 21 horas (16 horas de Brasília), para o Rio de Janeiro, com chegada prevista para as 2h40 da madrugada de domingo no Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Do Rio de Janeiro, o voo da TAM segue para São Paulo, com chegada prevista no Aeroporto Internacional de Guarulhos às 4h15.

Brasil: escritas caíram na hora errada

Antes de entrar em campo, a seleção brasileira tinha inúmeros argumentos para reivindicar o favoritismo na partida desta sexta-feira, em Port Elizabeth, contra a Holanda. Um deles era uma escrita impressionante: Kaká, Robinho e Luís Fabiano nunca haviam perdido um jogo quando estavam todos juntos no time titular de Dunga. Um retrospecto de respeito, já que o trio pegou seleções muito fortes pela frente, como Itália, Argentina e Portugal. Encerrada a partida, marca derrubada: o trio não está mais invicto.
No primeiro tempo, depois de marcar o gol que inaugurou o placar, o Brasil tinha outro motivo para ficar confiante. A seleção de Dunga jamais havia tomado uma virada antes. Sempre que saiu na frente no placar, ganhou ou empatou – contando com a força de sua defesa, jamais havia deixado escapar um resultado favorável para amargar um revés. De novo, uma escrita arruinada pela Holanda. No caminho caiu também a fama da defesa quase infalível, justamente o que fundamentava o retrospecto que impedia as viradas. Impedia, até esta sexta.

 

Cruyff tinha razão em suas críticas à Seleção Brasileira

As recentes declarações do ex-jogador holandês, o craque Johan Cruyff, repercutiu negativamente por aqui antes do confronto entre Brasil e Holanda, pelas quartas-de-final da Copa de 2010. Em entrevista ao jornal britânico “Daily Mirror”, Cruyff disse que jamais pagaria um ingresso para ver um jogo da Seleção Brasileira, criticando severamente a falta de criatividade do time de Dunga e falta de talentos na equipe. Veja abaixo algumas declarações de Cruyff:
“O Brasil tem jogadores de talento, mas que jogam de forma defensiva e pouco interessante. Isto é uma vergonha para o público e para o torneio, porque é uma equipe que a torcida quer ver jogando bem”.
“Quando falamos em Brasil pensamos em jogadores como Gérson, Tostão, Falcão, Zico ou Sócrates… Agora temos o contrário, com Gilberto Silva, Felipe Melo, Michel Bastos e Julio Baptista”.
“Onde está a magia brasileira? Posso entender porque Dunga escolheu alguns jogadores, mas onde está o talento no meio-campo? O Brasil precisa jogar com mais intensidade, com mais criatividade, porque seus jogadores são especiais”.
A triste derrota da Seleção Brasileira aconteceu então da forma que muitos torcedores e jornalistas já imaginavam. Felipe Melo deixou o time na mão, Kaká não jogou nessa Copa e a Seleção de Dunga não teve opções para reverter um resultado adverso. Fica até complicado escolher apenas um deles como vilão nessa Copa. A Seleção Brasileira foi eliminada de uma Copa do Mundo nas quartas-de-final pela segunda vez consecutiva, ao perder por 2 x 1 para a Holanda.  A derrota de virada foi a terceira do Brasil dessa forma em Copas. Anteriormente, a Seleção Brasileira só havia perdido para o Uruguai, na final da Copa de 1950 (2 x 1), e para a Noruega, também por 2 x 1, na primeira fase da Copa de 1998.
Kaká, o principal jogador do time, não rendeu o esperado e foi a maior decepção do Brasil no mundial. Fora de forma, o meia do Real Madrid se omitiu durante boa parte dos jogos, reclamou demais dos companheiros de time por não receber a bola e não decidiu. Infelizmente, como em 2006, o nosso camisa 10 fracassou. Na última Copa, Ronaldinho Gaúcho começou e terminou o mundial apagado.
Já o volante Felipe Melo, destemperado, deixou o time na mão. Mesmo aconselhado a pegar leve nas disputas, o deu uma entrada desnecessária e foi expulso aos 28 minutos, cinco depois da virada holandesa. Felipe Melo fez um ótimo primeiro tempo, dando inclusive um passe sensacional para o gol de Robinho. Um dos melhores passadores de bola dessa Copa (acertou 90%, 229 de 254), Felipe Melo bobeou na parte disciplinar.
Por outro lado, o técnico Dunga, que bancou a convocação de vários jogadores limitados e a titularidade de jogadores em baixa, como Luís Fabiano e Kaká, não teve competência para equilibrar o time depois de um revés. Bastou sofrer um gol diante de um bom adversário que o time desabou. O grupo formado por Dunga, esteve unido, com comprometimento, como adorava dizer o treinador, mas não resolveu. Sem opções no banco de reservas, Dunga colocou Nilmar e Gilberto nos lugares de Luís Fabiano e Michel Bastos. Muito pouco para quem teve a chance de levar jogadores muito mais talentosos como Paulo Henrique Ganso, Neymar, Ronaldinho Gaúcho, Alexandre Pato, entre outros.


Charge do Dunga um dos Piores técnicos do mundo!




Seleção perde a copa por ter um técnico arcaico, escalando jogadores do fundo do baú.....Julio Batista qeu o diga;;

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